sábado, 10 de março de 2018

Conhecendo o Islã


       Estava nas minhas férias viajando para Jerusalém, pois já tinha visto alguma coisa sobre esta cidade que é um marco para várias religiões. Estava no meu hotel, Haniel, que ficava no centro da cidade, e de lá dava para avistar algo como uma esfera dourada brilhante em cima de alguma construção. Estava muito curioso para saber o que era, então fui pesquisar e descobri que era uma das mesquitas mais importantes do mundo, isso fez com que eu gostasse do lugar logo de cara e eu quis muito ir visitar naquela hora, mas como era de noite e eu tinha acabado de chegar de viagem muito cansado, decidi ir dormir, mas tinha uma coisa na cabeça, ia acordar bem cedo no outro dia para visitar aquela mesquita.


       Acordei no outro dia, logo me arrumei, peguei um táxi e fui para a mesquita, que ficava no Monte do Templo, chamado assim pois é um local onde um dia se encontrava ali mesmo um templo judeu, alguma coisa desse templo é remanescente por lá ainda, por exemplo, o Muro das Lamentações, que é um muro do templo antigo e hoje é local de orações e peregrinações judaicas. Quando fiquei sabendo disso, logo percebi que o lugar que eu iria era um marco cultural não só para uma, mas para várias religiões.

       Chegando lá, a primeira coisa que observei foi que não existia somente uma esfera dourada em cima de alguma construção, mas sim duas, só que a outra não era dourada, e sim prateada, então fui perguntar a alguém qual era o significado daquilo e a resposta que obtive foi que a estrutura com o teto dourado se chamava a Cúpula da Rocha, esse nome surgiu pela grande rocha que nela ainda fica abrigada e era utilizada nos sacrifícios, a Pedra Fundamental. Quando entrei na Cúpula, logo vi a Pedra que ficava bem no centro, tinha uma cerca em volta dela, pois ninguém pode chegar muito perto, mas o que mais me chamou atenção ali foi o fato de muitas pessoas estarem sentadas orando, cantando e cultuando os seus deuses.


       Quando eu saí dali, fui até a estrutura com teto prateado, que era a própria mesquita de Al Aqsa, ela não era tão chamativa quanto a outra estrutura, era mais discreta, mas quando entrei nela a beleza era a mesma, ou até maior. Para entrar você tem que tirar os calçados, ali é tudo muito bonito, desde o chão até o teto, no chão tem um carpete vermelho com detalhes em amarelo, não existe paredes dentro dele, somente colunas brancas que ligam o chão ao teto, e nelas as pessoas se encostam ajoelhadas para rezar, muitas pessoas rezam ali.


       Depois de sair desse lugar, eu me interessei tanto por essa religião que fui conversar com algum local para saber um pouco mais dela, por sorte encontrei um homem que falava inglês, então consegui me comunicar um pouco com ele. A conversa durou por volta de uma hora, então não daria pra relatar aqui como foi, mas eu vou colocar aqui o que mais me chamou a atenção, que é como eles encaram a morte, o trecho abaixo é um resumo do que ele falou.

       "Nós acreditamos que, como o nascimento, a morte está nas mãos de Deus. Então se vivermos conforme os ensinamentos divinos, não há por que temer a morte. Assim, seguimos tranquilos para a reencarnação. Os últimos momentos são de recolhimento e de reconhecimento da supremacia e da bondade do todo-poderoso Alá. Islâmicos que morrem em jihad (luta pela fé) não passam por isso, pois iriam direto para o paraíso."
       

       Depois ele falou como o corpo é preparado o corpo para o enterro: "Familiares e amigos do mesmo sexo do falecido despem(substância de odor forte) e lavam o cadáver de três a cinco vezes, começando pelo lado direito, para devolver pureza à alma. Os orifícios são tapados com algodão e o corpo é coberto por um sudário branco e perfumado com cânfora ."



           E então ele finalmente falou sobre como é a cerimônia: "O enterro acontece o mais rápido possível, em respeito ao falecido, e a mortalha (espécie de lençol, onde o morto fica enrolado) fica aberta nos pés e na cabeça. Já perfumado com cânfora, o corpo é colocado no caixão com seu lado direito apoiado no fundo e com o rosto voltado para Meca. Versos do Alcorão são recitados ao fechar da cova. Aqui não é usado caixão, ele é enterrado somente enrolado na mortalha. "


       Depois me despedi dele e voltei para o meu hotel. Fiquei na cidade por mais três dias, a visitando, quando parti. Fui a vários lugares lá, mas não teve jeito, o que eu mais gostei foi conhecer um pouco mais do Islamismo, e sinto também, que não voltei para casa somente com lembranças, mas sim com muito conhecimento e principalmente respeito por essa religião, povo e cultura desse lugar.



Trabalho escrito por Gustavo Damásio - 2_1


Referências

https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/as-mesquitas-mais-sagradas-e-belas-do-mundo/
https://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/como-as-grandes-religioes-velam-seus-mortos/
https://mundoestranho.abril.com.br/religiao/como-as-grandes-religioes-encaram-o-momento-da-morte/
https://mundoestranho.abril.com.br/religiao/como-as-grandes-religioes-se-despedem-dos-mortos/
http://www.maiorviagem.net/muro-das-lamentacoes-domo-da-rocha/
https://www.gotquestions.org/Portugues/Domo-da-Rocha.html

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